terça-feira, 4 de maio de 2021

A gente carrega um corpo, uma casa

Que mesmo sendo a gente, nos é estranho. 

Muitas visitas 

Às vezes, invasivas

Abandonos, fugas...


Você não fica confortável com a solidão 

Quando sua própria companhia não te agrada. 

E você queria estar em qualquer outro lugar 

Que não seja vivendo dentro de você...


Isso acontece num momento muito singular 

Quando percebe que tudo começa e acaba em você.


Vão existir momentos coletivos

Sentimentos compartilhados

Mas a carência de ausências 

Que se busca incessantemente suprir 

Pode te fazer se perder de si mesma.


E quando momentos sublimes acontecer

Não deve ser um escape

Mas uma demonstração pelo outra/o 

Daquilo que se tem por si mesma/o:

Respeito pelas vulnerabilidades

Honestidade com os próprios limites 

Acolhimento por tudo de bom e ruim que seu corpo carrega 

Ao longo do tempo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

 Desejo que lembrem de quem eu sou quando não tenho utilidade Quando não tenho nada a oferecer