A gente carrega um corpo, uma casa
Que mesmo sendo a gente, nos é estranho.
Muitas visitas
Às vezes, invasivas
Abandonos, fugas...
Você não fica confortável com a solidão
Quando sua própria companhia não te agrada.
E você queria estar em qualquer outro lugar
Que não seja vivendo dentro de você...
Isso acontece num momento muito singular
Quando percebe que tudo começa e acaba em você.
Vão existir momentos coletivos
Sentimentos compartilhados
Mas a carência de ausências
Que se busca incessantemente suprir
Pode te fazer se perder de si mesma.
E quando momentos sublimes acontecer
Não deve ser um escape
Mas uma demonstração pelo outra/o
Daquilo que se tem por si mesma/o:
Respeito pelas vulnerabilidades
Honestidade com os próprios limites
Acolhimento por tudo de bom e ruim que seu corpo carrega
Ao longo do tempo.
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