sexta-feira, 13 de agosto de 2021

O véu que escondia quem eu sou de mim mesma

Caiu

Hoje enxergo o meu corpo, rabiscado, com carinho

E minha cabeça, tão agitada, com compreensão 


Outrora perdida, me reencontrei

No entusiasmo de falar de montanhas

No abraço de alguém que diz que faço falta quando não tô por perto

Na admiração que desperto só sendo eu mesma

Em aparência-essência, indissociavelmente


Não é por retorno

Não é por ninguém

Não é por um objetivo final


O sublime que encontrei

Foi me sentir o suficiente

De uma forma inacabada

Mas ainda assim, satisfeita

Com a mulher que me tornei

(E que nunca deixei de ser)


Mas agradeço a cada inquietação

A cada extravasamento

Que despertaram no meu espírito

O que estava mal resolvido por dentro


Pois nunca foi sobre tempo ou duração

É sobre estar disposta e ter conexão

A quem veio, partiu ou ficou

Sobretudo a mim

Que nunca me abandonei


Despertei. 

Aflorei. 

E estou irradiando!


Para algumas coisas nascerem

É necessário deixar outras morrerem

E eu lidei com os esqueletos 

Para depois resplandecer 

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 Desejo que lembrem de quem eu sou quando não tenho utilidade Quando não tenho nada a oferecer