Minha crise chegava a cada sexta-feira
Ela me fazia reviver ou criar vivências
Momentos de euforia, de risco, de medo
A minha vida estava em perigo?
A vida das outras pessoas estavam em perigo?
Até tentei experimentar, ver qual é
Beber como todo mundo bebe
Fumar igual todo mundo fuma...
Mas minha cabeça entrava em pane
Precisava me sentir segura
E buscava proteção
Madrugada afora
Não na minha casa
Que também era uma prisão
Entre a cruz e a espada
Entre toldos e tetos
O medo me invadia
Suor frio
Choro incessante
Taquicardia
De tanto tentar me proteger
Como se me escondesse impedisse de sofrer
Me isolei, solitária
Aquele vazio de dentro
Em que pequenas tarefas diárias se tornam um peso...
Estou sozinha
Aqui, agora
Mas não mais solitária
Meu peito tá preenchido
Com o mesmo amor que fornecia
Meu corpo tá acolhido
Com o mesmo afeto que eu acolhia
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