domingo, 26 de setembro de 2021

Minha crise chegava a cada sexta-feira

Ela me fazia reviver ou criar vivências 

Momentos de euforia, de risco, de medo

A minha vida estava em perigo?

A vida das outras pessoas estavam em perigo?


Até tentei experimentar, ver qual é

Beber como todo mundo bebe

Fumar igual todo mundo fuma...

Mas minha cabeça entrava em pane

Precisava me sentir segura


E buscava proteção

Madrugada afora

Não na minha casa

Que também era uma prisão


Entre a cruz e a espada

Entre toldos e tetos

O medo me invadia

Suor frio

Choro incessante

Taquicardia 


De tanto tentar me proteger

Como se me escondesse impedisse de sofrer

Me isolei, solitária

Aquele vazio de dentro

Em que pequenas tarefas diárias se tornam um peso...


Estou sozinha

Aqui, agora

Mas não mais solitária

Meu peito tá preenchido 

Com o mesmo amor que fornecia

Meu corpo tá acolhido

Com o mesmo afeto que eu acolhia

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 Desejo que lembrem de quem eu sou quando não tenho utilidade Quando não tenho nada a oferecer