Minha avó veio pro RJ, já com alguns filhos, e também sofreu até ter uma casa confortável e um esposo que não a maltratasse tanto.
Suas 2 filhas mulheres, minha tia e minha mãe, até tentaram resignificar esse ciclo de dor, ainda que também sofressem.
Minha tia teve mais sucesso. Meu primo já é pai, formou sua própria família, é aparentemente feliz, mental e fisicamente saudável...
Minha mãe é o lado mais dramático e catastrófico. E junto com algumas coisas positivas, no meio herdei a tendência de ser impulsiva e me isolar em situações de conflito, assim como a dificuldade de me sentir amada, porque muitas foram as vezes que me senti abandonada, inclusive por ela.
Do meu lado, ainda não consegui quebrar esse ciclo de sofrimento, mas tenho consciência dele, verbalizo sobre ele. E me agarro quase como uma religião a minha oportunidade de fazer diferente e de começar uma história de afeto, acolhimento, segurança e confiança
Nenhum comentário:
Postar um comentário