domingo, 12 de junho de 2022

A morte da mãe-boa-demais

Uma mãe superprotetora zela pela sua cria, a priva dos malefícios do mundo

Mas assim como o bem, o mal ensina

Essa redoma acaba por trazer uma falsa sensação de segurança e proteção, mas é cômoda...

Deve seguir como uma boa menina, distribuindo "sim". "Sim"? "Sim!"

Pois a submissão é muito atrativa - principalmente quando se tira vantagem de tamanha condescendência

Assim, negiglencia a si mesma para não contrariar, para não ficar sozinha

Afinal, se sentir segura é essencial para caminhar

Onde já se viu andar no escuro? Não ter aonde e a quem se segurar?

Essa menina criada nesses excessos (ou ausências) não dá por si 

Que a partir dos riscos, se abre as possibilidades

E cada uma é uma oportunidade

De conhecer a si mesma diante da imensidão que comporta a força da psique intuitiva 

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 Desejo que lembrem de quem eu sou quando não tenho utilidade Quando não tenho nada a oferecer